sábado, 31 de março de 2012

O nome das coisas: a Lei da Tortura

Nesses dias de quase Comissão de Alguma Verdade, de finalmente alguns protestos contra a arrogância e a hipocrisia dos golpistas de 64 e de tímidas tentativas de reparar os crimes contra a humanidade da ditadura militar, talvez seja o momento de começar a chamar as coisas pelos seus verdadeiros nomes.

A Lei 6.683 de agosto de 1979, promulgada pelo último ditador militar, João Batista Figueiredo, ficou conhecida como a "Lei da Anistia", por ter restaurado os direitos políticos daqueles que foram perseguidos pelo governo ditatorial.

É preciso então realizar uma importante correção semântica: a "Lei da Anistia" deveria passar a ser chamada de "Lei da Tortura".

domingo, 4 de março de 2012

Seis ou sete coisas que eu sei dela

Ainda há vida na Praça Vermelha


A Fal, que não tem idéia de quem são os Borgs mas finge que sabe porque ama seus amigos, vai lançar um livro novo logo, logo. Eu não sei quando, mas sei que vai ser em formato árvore morta e vai ter lançamento em São Paulo e no Rio. Coisa importante. E que eu vou receber um convite pelo Correio. Muito fino isso. Aliás, se você é um bárbaro inculto que ainda não leu "Minúsculos Assassinatos e Alguns Copos de Leite", taí uma boa oportunidade para resolver essa falha no seu caráter.


Os blogueiros formerly known as progressistas aparentemente acham que racismo na pele dos outros é frescura, mas eu já estava bem incomodado de ter que concordar com o Reinaldo Azevedo et caterva no caso do PHA. Não precisa mais. "Paulo Henrique Amorim, o “negro de alma branca” e os demônios de cada um de nós", de Ana Maria Gonçalvez e  "O Movimento Negro apóia as ofensas racistas?"  de José Roberto Militão colocam os pingos nos devidos is do lado de cá da cerquinha.


E por falar em blogprog, a MaryW (pray for us sinners now and at the hour of our death), que não escrevia faz um tempo, tirou a metralhadora do armário para comentar o Crivella ministro e a pobreza intelectual da militância governista online. Onde se lê coisas como "A bancada evangélica não existe. O que existe são neocons tupiniquins que atraem o voto da base da pirâmide despolitizada simplificando questões 'morais'". Nada a acrescentar.


E de novo sobre a Ana, "Um defeito de cor" tem 952 páginas e pesa mais de 1 quilo e 200 gramas. Ou seja, livro para morar em cima de uma mesa. Não dá levar para passear de metro ou para almoçar. No avião vira motivo de excesso de bagagem. Não era o caso de ter uma versão para o Kindle?




Juliana Ingrid Dias morreu na sexta,
atropelada por um ônibus na Av. Paulista
Os ciclistas protestaram, mas não precisa se assustar:
a polícia militar estava atenta para retirar
os baderneiros da pista e liberar o trânsito.
Um comentário no Facebook me fez pensar: será que não é hora de proibir o trânsito de automóveis particulares na Av. Paulista? Tem metro, tem ônibus sobrando, é reta e lisa como as bicicletas e os pedestres gostam. Para que os carros? Claro que a possibilidade disso acontecer em um ano de eleições municipais tende a -273,15 °C.


Hoje tem eleição na Rússia então a trilha sonora (lá em cima) é “Putin has pissed off” da banda russa Pussy Riot, que eu achei no Coilhouse


Em tempo: o Alex Castro, autor de "Mulher de Um Homem Só" e "Onde Perdemos Tudo" vai estar bebendo e fumando no bar do Arpoador Inn nesta quinta, 8 de março, a partir da 17:00 (na rua Francisco Otaviano, 177, em Ipanema, em frente ao, adivinhe, Arpoador). Vai lá, assiste o mais lindo por-do-sol do mundo, compra uns livros autografados e diz que eu mandei um beijo para ele e para o Oliver.