Ontem
a lua crescente sobre São Paulo parecia o aflitivo sorriso sem gato da Alice e o
vento frio lembrava o clima de uma charneca irlandesa no outono.
Essas palavras de colecionador custam bem caro se você for comprar novas na lojinha da Academia Brasileira de Letras. Mas essas do título são usadas e eu ganhei de graça. Uma da Fal, que outro dia mostrou como a pobreza da literatura e da filosofia brasileiras é culpa da falta de charnecas nesta terra esquecida de Deus. Outra da Camila, aflita em um email de uns tempos atrás. Este post podia chamar "A charneca secreta de Fábia V." ou "As aflições de Camila", mas como não sei nem quero escrever esses romances quasi-eróticos para moças de família, que por sinal vendem que nem água, não chama.
O resto do texto são algumas notas esparsas sobre assuntos diversos. Sem qualquer ordem de importância, preferência ou relevância. Nem qualquer outra referência a aflições, charnecas, aflições em charnecas ou mesmo charnecas aflitivas.